quinta-feira, 24 de abril de 2008















OS ESTÁGIOS DA SÍNDROME DA AIDS, SUAS DEFICIÊNCIAS NO SER HUMANO E MEDIDAS PROFILÁTICAS
Os vírus não estão incluídos no tradicional sistema de classificação dos seres vivos, isso se deve as contínuas divergências entre cientistas, alguns o consideram apenas partículas ou fragmentos de células devido não possuírem organização celular e, outros ressaltam a existência de material genético e a capacidade de sofrer mutações demonstrando que trata-se de seres vivos. Apesar das contradições ainda persistirem é cabível considerar as vírus seres vivos, porque esta é a hipótese mais aceita entre os membros da comunidade científica.

A capacidade de se reproduzir apenas através de uma célula hospedeira os torna parasitas intracelulares. Em conseqüência são responsáveis por doenças infecciosas. Os vírus são os menores seres vivos conhecidos, sendo visíveis apenas com o auxílio de um microscópio eletrônico. Sua estrutura vem sendo esclarecida à medida em que a microscopia evolui. Contudo sabe-se que eles são formados por um ácido nucléico, este pode ser um ácido ribonucléico(RNA) ou um ácido desoxirribonucléico(DNA) apresentado sempre por um envoltório denominado capsídeo, este é especifico para cada tipo de vírus. O capsídeo com o ácido nucléico é denominado nucleocapsídeo.

Alguns vírus possuem apenas o nucleocapsídeo, porém outros também contém um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. O envelope é formado principalmente por duas camadas de lipídios que são derivados da membrana plasmática da célula hospedeira e de moléculas de proteínas virais. O que determina o tipo de célula que será infectada pelo vírus são as moléculas das proteínas virais. Existem vírus que infectam bactérias, denominadas bacteriófagos, ou simplesmente fagos; os que infectam fungos, denominados mocófagos; os que infectam plantas e os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de plantas e vírus de animais.

A maior diversidade de formas, tamanhos e estratégias genéticas e reprodutivas encontram-se nos vírus que infectam células animais. Existem vírus de animais de DNA ou de RNA, isocaédricos ou helicoidais, envelopados ou não.

Diversos tipos de infecções e câncer sofridos por animais são causados por vários tipos de retrovírus. Somente em 1980 foi isolado o primeiro retrovírus na espécie humana: o HTLV-I, um retrovírus que infecta linfócitos T e causa um tipo de leucemia(câncer do sangue). Dois anos mais tarde, foi descoberto outro retrovírus, o HTLV-II, que causa outro tipo de leucemia. O primeiro caso de AIDS foi diagnosticado em 7981e somente em 1983 conseguiu-se provar que essa síndrome é causada por um tipo de retrovírus, que recebeu a denominação de Vírus da Imunodeficiência Humana,ou HIV(sigla derivada do inglês Human Imunodeficiency Virus).

O vírus da AIDS, ou HIV, é um retrovírus envelopado. Ele possui duas moléculas de RNA, cada uma delas envolta por moléculas protéicas (nucleocapisídeo). Esse conjunto é envolto por mais uma camada protéica, formando um estrutura denominada core. Envolvendo o core, existe o envelope, composto por uma camada dupla de lipídios, na qual estão imersas várias moléculas protéicas específicas desse vírus. Na face interna da camada de lipídios, prendem-se várias outras moléculas protéicas.

No interior do vírus, existem moléculas de um tipo de enzima, denominado transcriptase reversa, que permitem ao vírus fazer um molécula de DNA a partir da molécula de RNA viral. A transcriptase reversa ocorre não só no vírus da AIDS, mas em todos os demais retrovírus.

A AIDS é uma síndrome decorrente de um processo de imunodeficiência que foi adquirida em função da infecção do HIV. O termo síndrome é sempre usado em referência a um conjunto de sintomas que caracterizem uma enfermidade.

A AIDS caracteriza-se por um conjunto de infecções oportunistas surgidas em função da queda da imunidade. Em 1984, foi desenvolvido nos Estados Unidos da América u sistema de classificação para pacientes infectados pelo HIV, a fim de facilitar o tratamento e acompanhar adequadamente o surgimento das doenças que caracterizam a síndrome.

O primeiro caso diagnosticado no Brasil foi no ano de 1982, atingindo com maior freqüência os homossexuais, usuários de drogas injetáveis, pessoas que necessitam de transfusão sangüínea bem como seus respctivos parceiros sexuais.

Segundo Lima (2000, p.2).
"O quadro atual não é dos piores, no Brasil, mas em termos gerais, no mundo, a AIDS ainda tem muito o que evoluir, é só passarmos a avaliar os números terríveis da África. É algo típico dos brasileiros, nós achamos que por estarmos trabalhando a questão da AIDS há muito tempo, os resultados são certos, a vitória está assegurada. Não é nada disso. A prevenção não pode ser abandonada, pelo contrário, ela deve ser é muito difundida. Deve passar a fazer parte do dia-a-dia de todas as pessoas, dentro das empresas, das escolas, das associações, das igrejas, dos sindicatos, etc."

Simplificadamente, esse sistema classifica o desenvolvimento da AIDS em sete estágios:

Estágio 0- Exposição ao vírus. O HIV usualmente não manifesta sintoma de sua presença logo que se instala no organismo e pode levar 6 semanas a 1 ano para ser detectado através de testes como Elisa e o Western Blot.


Estágio 1- Já se detecta o vírus através dos testes-padrão. Apesar de a maioria das pessoas não apresentar sintomas neste estágio, algumas desenvolvem um distúrbio semelhante à mononucleose, caracterizado por fadiga, febre e inchaço dos glânglios linfáticos; além disso, podem surgir pequenos vemelhos na pele e leves distúrbios do sistema nervoso central (desde fortes dores de cabeça até encefalite).


Estágio 2- A pessoa apresenta inchaço crônico dos nódulos linfáticos, podendo permanecer neste estágio por 3 a 5 anos, sentindo-se relativamente bem.


Estágio 3- Caracterizado por um declínio dos linfócitos T, caindo de mais de 400 por mm3, que é o normal, para menos de 400 por mm3. Com a redução do número de linfócitos T, inicia-se o declínio da imunidade, embora o paciente possa permanecer nesse estágio sem manifestar sinais de deficiência na imunidade por cerca de 18 meses.


Estágio 4- começam a surgir os primeiros sinais de imunodeficiência, detectáveis somente através de estes especiais.


Estágio 5- Ocorre queda bem acentuada da imunidade. Os linfócitos T ficam reduzidos para menos de 200 por mm3. Os primeiros sintomas perceptíveis aparecerem: o paciente desenvolve severas infecções virais, ou por fungos, na pele e em membranas mucosas. Um exemplo é a infecção crônica pelo vírus do Herpes simplex, provocando ulceração da pele ao redor da boca, do ânus e da área genital. Outro exemplo é a infecção crônica pelo fungo Candida albicans, que pode se espalhar pela área genital. No estágio 5 a pessoa permanecer de 1 a 6 anos.


Estágio 6- Neste estágio a queda da imunidade é muito severa; os linfócitos T caem para menos de 100 por mm3. Surgem diversas infecções oportunistas, que acabam levando o indivíduo à morte geralmente num intervalo de 2 anos. Algumas das infecções mais comuns em pacientes com AIDS no estágio 6 são: pneumonia, encefalite, cegueira, inflamação do trato gastrointestinal, tuberculose, meningite, infecção do fígado e da medula óssea. Surge também um tipo de câncer de pele denominado Sarcoma de Kaposi, além de câncer do tecido linfóide e do reto. Neste estágio da infecção pelo HIV muitos pacientes apresentam perda gradual da precisão do raciocínio e da locomoção.


Os dados disponíveis até hoje sugerem que toda pessoa infectada pelo HIV passa por estes estágios, perde muito peso e acaba morrendo. Não existe cura nem vacina, mas existe tratamento que pode aliviar o sofrimento da pessoa e mesmo prolongar a sua vida. Quanto antes detectar a infecção pelo HIV, freqüentemente anos antes do surgimento dos primeiros sintomas, maior chance tem o paciente de receber cuidados ou mesmo retardar o surgimento de algumas infecções. Além disso a diagnose precoce permite que se esclareça à pessoa portadora do HIV que ela é uma transmissora do vírus para pessoas sadias.

Segundo Lima (2000, p.2).
"A AIDS é uma doença que não é mais novidade para ninguém, embora ainda existam muitas questões a serem pensadas e elaboradas sobre o tema, como as campanhas preventivas e a maior adesão dos pacientes ao tratamento medicamentoso. Ela é uma doença séria, uma questão de saúde pública, que envolve, direta ou indiretamente, toda a população do Brasil, não apenas a população sexualmente ativa. Há indícios de melhora em alguns setores, provados pelos próprios números dos boletins epidemiológicos, do Ministério da Saúde. Contudo, há muito o que fazer, por exemplo, pelas mulheres que são o grande foco da doença, neste momento. Não há grandes novidades, as formas de transmissão são as mesmas, a saber, sangüínea, sexual e vertical. O tema exige a maior seriedade por parte de todos. "

As tentativas para o desenvolvimento de vacinas contra o vírus da AIDS têm sido infrutíferas, pois o material genético desse vírus é altamente mutagênico. Com isso, ao se produzir um anticorpo para combater o vírus, ele pode já ter se transformado e esse anticorpo não atuar mais.

Até o momento não há indícios de que o HIV possa ser transmitido mediante convivência social com portadores do vírus. E também que mesmo sem manifestar sintomas das doenças que caracterizam a AIDS, o portador do vírus é um transmissor em potencial, devendo ser alertado para os cuidados de pessoas sadias.

4 BIBLIOGRAFIA
LIMA, Fernando Falabella Tavares de. AIDS: Informações de Ordem Prática. Rio de Janeiro: [S.n.]. 2000.
LOPES, Sônia. Bio2. In:_.Vírus. 4. ed. São Paulo: Saraiva. 2000. Cap.2.p.18-26
MEIRA, Luis B. Sexos, aquilo que os pais não falaram para os filhos.15. ed. Paraíba: Autor associado.2002.

segunda-feira, 14 de abril de 2008



APRENDI

Que não sei quase nada
Que sempre precisarei aprender
que a vida é muita curta
E que não há tempo a perder

PERCEBI

Que nem tudo é possível
Que às vezes é difícil sorrir
Que a vida faz jogo duro
Mas que eu não vou desistir

ENTENDI

Que quando sofro eu aprendo
Que a dor me ensina a viver
Que a vida é um lindo caminho
Ao qual iremos crescer

DESCOBRI

Que não é fácil viver
Que o destino nos reserva dor
Mas que a tristeza termina

Onde começa o amor !!!