segunda-feira, 2 de junho de 2008

Nelson Monteiro Vaz



Tive a incrivél oportunidade de assistir um palestra ministrada pelo professor Nelson e fiquei imprecionada com a sua forma de pensar,achei ele um MáaaaximO.Foi muito produtivo os seus ensinamentos. Achei muito interessante a colocação de Archimedes Barbosa quando diz:"Para ele a prosa, a poesia, a fotografia, a música são tão importantes quanto a pesquisa. Aliás até mesmo os experimentos que se repetem da mesma forma seja lá quantas vezes sejam reproduzidos são, para ele, uma evidência do belo, do belo organismo, que segundo ele diz é um esquecido da Biologia! O organismo em contínua congruência com o seu meio, em uma dança de interações que mesmo mudando se mantém constante!"


Abaixo está um dos belíssimos poemas escritos pelo brilhante prof de Imunologia...


Recorte
Recorte e guarde como carta
em seu baralho
ou reparta aos presentes
ou feche num envelope amarelo
e deixe virar farelo na gaveta.
O que se quiz foi mal dito
escrito com pena, uma vez,
compararia a vida que se teve
à vida que se fez.
Fui como quiz, não fui feliz
como podia,
dependia só de tanta gente.
Quando penso no prazer não sinto nada
o azul aparece e desaparece
tenho fome, depois sedea rede
me fez olhar o céu
tão lúcido, não sei mais levantar.
Folhas virando pó, papel minando fel,
em Minas.
Queria alçar vela em seu encalço
como criança tonta de mistério
olhando tudo e esquecendo.
Você avisou, ia partir,
não avisou que o mundo mudaria.
Arrumo a casa
o sol nasce na sala
e morre na parede da cozinhanuma mancha vemelha
plantas crescem
as notícias são iguais
mexo em retratos nos jornais
tudo isso aconteceue evaporou no breue agoraquem sou eu?
Nelson Vaz